quinta-feira, 28 de março de 2013

No meio do caminho da sustentabilidade tinha um pacotinho


Um dia destes nos perguntaram se é possível ter uma casa sustentável gastando pouco dinheiro... E assim surgiu este pequeno texto:
A sustentabilidade não é um pacotinho que se compra, ela é um caminho longo que exige suor para a mudança de valores, hábitos e sentimentos, exige uma nova cultura. E é claro, a nossa casa é um espaço privilegiado para refletirmos e praticarmos uma nova cultura, comprometida com as questões socioambientais. 
Se alguma vez você se deparar com a venda de uma casa totalmente sustentável: desconfie! O que existem são planejamentos estruturais e tecnologias que podem contribuir para a sustentabilidade. Estes planejamentos são oferecidos por arquitetos e engenheiros e podem ser realizados desde o início da elaboração do projeto de uma casa, ou mesmo em uma reforma. Existem soluções simples e sofisticadas que costumam agradar nosso olhos pela beleza dos projetos, por outro lado, envolvem custos que muitas vezes não são viáveis para o bolso daquele que está interessado em trilhar o caminho da sustentabilidade. E outra coisa, se os moradores da casa não se envolverem, estas estruturas e tecnologias, não passarão de estruturas e tecnologias. Para quem está interessado em sustentabilidade: Participe da mudança que quer!
Em se tratando de dinheiro, podemos dizer com toda certeza: é possível caminhar no longo caminho da sustentabilidade gastando pouco dinheiro e incorporando hábitos e estruturas que contribuem para uma mudança de cultura.
Não vamos nos alongar muito no que diz respeito à mudança de hábitos, o grande exercício está em transformar o nosso padrão de consumo, consumo de tudo, de água, de eletrodomésticos, de presentes, de comida, de cultura, de lazer... Tomando emprestada a frase da Educadora Ambiental Ana Maria de Meira: "Vamos dar mais abraços do que embrulhos!" Vamos enfrentar este desafio aprendendo uns com os outros sobre o que nos faz realmente felizes. Vamos retomar o prazer das coisas simples, dos brinquedos criativos, inventados com materiais reutilizáveis, o prazer de andar à pé, o prazer de plantar seus temperos. Sem dúvida isto é desafiador, mas não existe sustentabilidade sem esta etapa! Falando de custos: nesta etapa você não gasta nada, muito pelo contrário você acaba economizando.

Karine Faleiros