Um dia
destes nos perguntaram se é possível ter uma casa sustentável
gastando pouco dinheiro... E assim surgiu este pequeno texto:
A
sustentabilidade não é um pacotinho que se compra, ela é um
caminho longo que exige suor para a mudança de valores, hábitos e
sentimentos, exige uma nova cultura. E é claro, a nossa casa é um
espaço privilegiado para refletirmos e praticarmos uma nova cultura,
comprometida com as questões socioambientais.
Se
alguma vez você se deparar com a venda de uma casa totalmente
sustentável: desconfie! O que existem são planejamentos estruturais
e tecnologias que podem contribuir para a sustentabilidade. Estes
planejamentos são oferecidos por arquitetos e engenheiros e podem
ser realizados desde o início da elaboração do projeto de uma
casa, ou mesmo em uma reforma. Existem soluções simples e
sofisticadas que costumam agradar nosso olhos pela beleza dos
projetos, por outro lado, envolvem custos que muitas vezes não são
viáveis para o bolso daquele que está interessado em trilhar o
caminho da sustentabilidade. E outra coisa, se os moradores da casa
não se envolverem, estas estruturas e tecnologias, não passarão de
estruturas e tecnologias. Para quem está interessado em
sustentabilidade: Participe da mudança que quer!
Em se
tratando de dinheiro, podemos dizer com toda certeza: é possível
caminhar no longo caminho da sustentabilidade gastando pouco dinheiro
e incorporando hábitos e estruturas que contribuem para uma mudança
de cultura.
Não
vamos nos alongar muito no que diz respeito à mudança de hábitos, o
grande exercício está em transformar o nosso padrão de consumo,
consumo de tudo, de água, de eletrodomésticos, de presentes, de
comida, de cultura, de lazer... Tomando emprestada a frase da
Educadora Ambiental Ana Maria de Meira: "Vamos dar mais abraços
do que embrulhos!" Vamos enfrentar este desafio aprendendo uns
com os outros sobre o que nos faz realmente felizes. Vamos retomar o
prazer das coisas simples, dos brinquedos criativos, inventados com
materiais reutilizáveis, o prazer de andar à pé, o prazer de
plantar seus temperos. Sem dúvida isto é desafiador, mas não
existe sustentabilidade sem esta etapa! Falando de custos: nesta
etapa você não gasta nada, muito pelo contrário você acaba
economizando.
Karine Faleiros
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